domingo, 29 de junho de 2008

Gran Finale!



Parecia coisa de filme ou videogame.
De repente eu estava passando por situações que nem em meus sonhos mais loucos eu imaginara passar.
Papai abriu a porta de casa desesperado, com uma espingarda enferrujada na mão e mamãe a tiracolo, com bobs no cabelo a lá Dona Florinda.

- Larguem as meninas seus idiotas!!! - bradou papai, correndo em nossa direção cheio de raiva.

- Ok, tio, já tá tudo sob controle! - falou Bru, nossa magnífica protetora.

- Ouvi barulhos lá de dentro e assim que vi vocês pela janela acordei seu pai e viemos correndo - contou mamãe, me abraçando tão forte que quase perdi o ar.

- Agora, nós temos é que chamar a polícia - falei.

- Já chamei, querida - falou mamãe e logo ouvimos o barulho da sirene policial.

O vizinho Joxer ficou olhando abobalhado para nós. Ele ainda tentou fugir, mas papai apontou a espingarda e ele parou rapidinho. O vizinho e o policial foram para a delegacia.

Foi constatado que Joxer tinha realmente problemas de fraqueza mental e ele foi submetido a um rigoroso tratamento. O falso policial foi preso. Ele não tinha nenhum problema, não. Era falta de vergonha na cara mesmo.

Meus pais ficaram bem depois do choque e nos levaram de volta pra Vitória porque, segundo eles, nenhuma de nós tinha condições de dirigir.

Encontramos o maníaco do diário quietinho, com fome e desidratado. Mas não dei queixa dele, não. Ahhh, dele eu até que gostava.

A Bru precisou de uma boa noite de descanso para se recuperar de tudo, mas agora estávamos prestes a entrar de férias e teríamos tempo suficiente para descansar (e também entrar em outras aventuras loucas).

O apartamento ainda fica estranhamente limpo quando eu volto da fazenda. Eu ainda não descobri o que acontece.

E nosso mundo...ah, esse não pára mesmo!


BiA*

sexta-feira, 27 de junho de 2008

O fight

Enquanto as meninas enrolavam os dois loucos no telefone, cheguei até o carro pelo galho da mangueira.

Idéia número 1: pulo em cima do carro, assusto os dois e acabo logo com isso.

Idéia número 2: desço em silêncio, rendo os dois e levo o carro e acabo logo isso.

Idéia número 3: improviso geral e acabo logo com isso.

As meninas já estavam ficando sem assunto. Pensava nos pais de Bia dormindo, tranqüilamente em casa. Não queria assustá-los. Resolvi descer por trás do carro. Ouvi alguma coisa sobre Bia ser uma linda órfã. Não enquanto eu estiver por perto. Não sabia se estavam armados. Medo não tinha. Percebi que o policial tarado estava sentado no banco do passageiro e o vizinho Joxer ao lado dele. Hora de agir!

Sim, eu subestimei o Joxer. Apostei que deveria render o possível mentor da loucura toda e assim terminaria de vez com as pretensões estapafúrdias dos dois. o grandalhão metido a policial nem percebeu quando abri a porta. Estando encostado nela, caiu. Um golpe simples de imobilização e pronto! Amarrei-o e fiz com que se calasse.

Joxer assistiu a tudo atônito. Acertei em subestimá-lo. O tonto se ofereceu até para amarrar a si mesmo.

Vendo que o perigo, aparentemente passara, as meninas se aproximaram. Foi então que ouvimos um barulho muito suspeito vindo de dentro da casa.

BrU*

terça-feira, 24 de junho de 2008

Ao Ataque!

- Então, quer dizer que você está na casa dos seus sogrinhos?? - perguntei, entrando no jogo.

- Sim, sim. Na porta da casa. Vou pedir sua mão em casamento, já comprei inclusive nossas alianças - ele respondeu.

- E se eu não quiser? - eu questionei, morrendo de medo por dentro.

- Não há essa possibilidade, minha princesinha.

Simone fez uma careta pra mim.
Princesinha?? Ai, que nojo.

- Só um detalhe: e se meus pais não quiserem??! - continuei enrolando.

- Você será a órfã mais linda da face da Terra - ele respondeu em uma voz macabra.

Só então percebi como estávamos num jogo perigoso.
Precisava avisar a Bru de qualquer maneira.

- Eles são dois, Simone! É muito perigoso!

- Ha-ha - Simone forçou uma risadinha - Já era amiga. A Bru vai atacar. Mas relaxa, ela é uma Bernadete de primeira!

Então, simplesmente respirei fundo e me preparei para assistir o espetáculo.

BiA*

domingo, 22 de junho de 2008

Ligação estranha

Estava deitada no chão, atrás de um arbusto quando Bia jogou o celular. Não entendi a princípio até ver de quem era a chamada. Rastejando, fui até árvore onde Bia estava. Joxer e o policial fajuto discutiam alguma coisa no carro. Não me veriam, muito menos me ouviriam fazer nada.

- Como é que você tá me ligando, Bru?
- Provavelmente, celular clonado.
- E agora?

As outras Bernadettes chegaram. Contamos às meninas o que estava acontecendo e nos olhamos pensando no que fazer.

- Vou atender.
Silêncio e consentimento de todas.
- Alô.
- Surpresa loirinha? - resolvi entrar no jogo dele.
- Um pouco. A voz da Bru está diferente!
- Talvez porque não seja a Bru!
- E quem é que tá falando então?
- Joxer, o poderoso...
- Nãaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, essa musiquinha nãaaaaaaaaaaoooooooo!!!!
- Não gosta? Eu cantava pra você!
- Ok. Vamos parar com a palhaçada. O que você está fazendo com o celular da Bru?
- Ah, meu amigo clonou ele pra gente ter seu número.
- E posso saber por que raios você me liga no meio da madrugada?
- Ah, isso é porque eu tô aqui na porta da casa dos meus sogros. Vim fazer uma visita.

Passei o telefone para Bia.

- Hora de começar a agir, meninas. Enrole-os ao telefone. Vou fazer uma surpresa aos nossos rapazes!
- Vai lá Bru! Deixe eles comigo no telefone - disse Simone.

Notei que um galho da mangueira atrás da qual estávamos ia direto até o carro. O galho era suficientemente forte para me agüentar. Subi na árvore e fui silenciosamente até o capô do chevette.

- Hora de brincar!

BrU*

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Momentos de tensão

A madrugada estava fria e logo que saí do carro um vento cortante atingiu meu rosto. Nos aproximamos de minha casa lentamente. Meu corpo tremia, resultado de um misto de frio e medo. Estava tudo silencioso até ouvirmos um barulho de motor. Eu virei assustada e logo percebi que um chevette entrava na fazenda.

- Vamos nos esconder! - ordenou Bru.

Corremos para nos esconder. Fiquei na espreita atrás de uma árvore enquanto as meninas buscavam esconderijo.
Vi o vizinho Joxer e o falso policial saindo do carro e fiz um sinal para Bru, que estava atrás do carro o meu pai, bem próxima a mim.
"Eles devem ter se perdido, ou esperaram a madrugada pra entrar na fazenda" pensei, sobressaltada.

O falso policial aproximou-se da casa e ficou olhando, estudando o local, enquanto o vizinho estava encostado no chevette. Na porta da minha casa, o homem troncudo fez um sinal, pedindo que o outro se aproximasse.

Meu celular tocou, me dando um susto. Apertei logo o botãozinho para a musiquinha parar. Nós não podíamos chamar atenção. Olhei quem estava me ligando e tremi ainda mais. Joguei o celular para Bru. Ela pegou, olhou e atendeu, com os olhos arregalados.

Me senti num dos enredos eletrizantes de Sidney Sheldon.

BiA*

quinta-feira, 19 de junho de 2008

A caminho de casa


- Os caras estão em Afonso Cláudio – confessou o maníaco indiano.

O silêncio que se seguiu a essa informação foi cortante.

- Mas... Bia, não é lá que seus pais moram? – quis confirmar Si.
- É...
- E você pode me dizer que diabos esses dois estão fazendo lá? – explodi de raiva.
- Eu não sei! Eu juro que não sei. Eles não quiseram me contar. Mas acho que iam encontrar umas pessoas. Meu amigo me disse que ia pra uma fazenda ou algo assim.
- Uma fazenda?! – assustou-se ShaSha.
- Foi isso que entendi quando ouvi os dois conversando?
- E o que mais ouviu? – questionou Beta.
- Nada. Quando me viram, eles mudaram de assunto.

As meninas olharam pra mim. Respirei fundo e busquei o equilíbrio. Aproximei-me de nosso prisioneiro e olhei bem em seus olhos.

- Fique sabendo que se alguma coisa acontecer ao tio Otávio e a tia Ciça, eu mato vocês três!

O maníaco indiano suava e estava pálido. As garotas já estavam prontas para agir. Partiríamos naquele mesmo instante para a casa dos pais de Bia. Pegamos poucas coisas em casa. Biscoitos, garrafas de água, sucos, toddynho e frutas.

- E o que fazemos com ele?
- Deixem-no trancado no quarto vazio e deixem um cacho de bananas e uma garrafa de água lá. Ele não vai precisar de mais que isso enquanto estivermos fora.
Dirigi-me ao prisioneiro.
- E se você fizer xixi no quarto, eu vou usar minha Katana quando eu voltar! Entendeu?
- Si-si-sim.
- Ótimo. Estamos prontas meninas. Esses três mexeram com as pessoas erradas. Se eles não sabiam disso, acabarão por descobrir!

Dirigi com cuidado e chegamos em Afonso Cláudio de madrugada. Aparentemente, estava tudo em ordem na casa dos pais de Bia. Aparentemente...

BrU*

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Crime sem solução


Eis a cena:

O Maníaco do diário está amarrado em uma cadeira.
A Bru puxa seu cabelo malvadamente e o manda dizer tudo.
Eu estou com um saco plástico na mão a lá Tropa de Elite.

- Tá bom! Vou contar! - ele finalmente falou, após várias ameaças.
- Então pode começar - disse Bru, em tom de ameaça.
- Tudo começou como um plano para eu conquistar a loirinha dos olhos amendoados mas...
- Deus! Que apelidinho mais brega! Eu te chamava de maníaco do diário. Muito mais original! - exclamei, revoltada.
- Continua! - mandou Bru, cheia de raiva.
- Era um plano de conquista só. O vizinho de vocês, que era meu melhor amigo, estava me ajudando. Mas ele se apaixonou pela Bia também e quis me atrapalhar!
- Forjando a própria morte? Como isso poderia ajudá-lo?! - quastionei, confusa.
- Acho que no final das contas ele queria me incriminar.
- Mas isso não faz sentido. Poderia até atrapalhar você e a Bia, mas não o ajudaria na conquista - falou Bru.
- Não sei o que dizer mais. Na verdade acredito que não tenho mais nenhuma informação que vá ajudá-las. Acho que vocês já podem me desamarrar - ele disse, em tom de súplica.
- Só mais uma coisa - falou Bru, com olhar maquiavélico - onde o vizinho está agora?

Ficamos imersos em um silêncio muito profundo, até ele finalmente responder.
E eu achava que não tinha como aquela história ficar mais estranha...

BiA*